Por que se busca tão pouco o batismo com o Espírito Santo hoje?


Por Nonato Souza

E aconteceu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as regiões altas, e chegando a Éfeso, encontrou ali alguns discípulos e lhes indagou: “Recebestes o Espírito Santo na época em que crestes?” Ao que eles replicaram: “De forma alguma, nem sequer soubemos que existe o Espírito Santo!” Diante disso, Paulo questionou: “Ora, em que tipo de batismo fostes batizados, então?” E eles declararam: “No batismo de João”. Então Paulo lhes explicou: “O batismo realizado por João foi um batismo de arrependimento. Ele ordenava ao povo que cresse naquele que viria depois dele, ou seja, em Jesus!” E, compreendendo isso, eles foram batizados no Nome do Senhor Jesus. Quando Paulo lhes impôs as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo e começaram a falar em línguas e a profetizar (At 19.1-6).

O batismo com o Espírito Santo é um revestimento de poder para o crente salvo (Lc 24.49) objetivando torná-lo uma testemunha poderosa e eficaz de Jesus em toda a terra. Os vários textos bíblicos mostram que a evidência inicial de que o crente foi batizado com o Espírito Santo é o falar em língua desconhecidas pelo poder sobrenatural de Deus (At 2.4; 10.46; At 19.1-6). Hoje, já existem pessoas e até grupos que negam ser a evidência inicial do batismo no Espírito, as línguas desconhecidas.

A Bíblia nos informa ser o batismo no Espírito Santo uma promessa do Pai (Jl 2.28,29), designada a todo o que crê desde o dia de Pentecostes até o fim da presente dispensação. O crente deve não somente esperar receber esta promessa, mas, buscá-la ardentemente de todo coração.

Estamos vivendo um tempo em que quase não se busca tal promessa, e isto, no meio dos que se dizem pentecostais clássicos. No início da Igreja havia uma preocupação zelosa com o recebimento de poder. Todos os crentes deveriam ser revestidos de poder. Quando aceitei a Jesus, isto tem pouco mais de trinta anos, os pastores perguntavam: já foste batizado com o Espírito Santo? Era uma preocupação que tinham os que estavam à frente da igreja local com os novos conversos. Uma preocupação saudável que gerava frequentes reuniões de oração com objetivo de receber o batismo com Espírito Santo. Hoje não há essa preocupação zelosa por parte dos que lideram a igreja. Verdade é que a preocupação de muitos líderes é outra distante da realidade bíblica e necessidade dos crentes.

As poucas ministrações que há sobre o tema revela o quanto se distanciou de tão importante doutrina bíblica. Raramente se ouve alguém abordar o tema do púlpito de alguma igreja local, em grandes eventos ou até mesmo em pequenas palestras. Pentecostais clássicos estão se distanciando deste importante assunto que sempre foi prioritário em nossas reuniões e igrejas. Por isso, também, temos tão poucos ou quase nenhum batismo em nossas reuniões nas igrejas locais. Estamos mais preocupados em fazer campanhas por alcançar bens materiais e outros que satisfaçam o nosso ego do que em viver na plenitude do Espírito.

O batismo no Espírito Santo solucionou problemas sérios que surgiram na vida dos apóstolos com a morte de Jesus. O medo que se apoderara deles a ponto de evitarem o público, levando-os a ficar atrás das portas fechadas (Jo 20.19,26); a fraqueza que deu lugar a uma coragem surpreendente, para até resistirem às perseguições (At 4.16-21, 33; 5.29-33, 41, 42) e a inatividade que se tornou constante na vida deles. Tudo isso deu lugar a uma vida de atividades com a presença do Espírito, sem precedentes na história.

O batismo com o Espírito Santo leva o crente a este estado de vida plena, alegria espiritual hoje (At 1.8). Tenho visto que há muito movimento em nossas reuniões sem que haja a efusão genuína do Espírito para transformação de vidas e capacitação para fazer testemunhas (gr. martyreo) eficazes dispostas a se possível for sofrer e até morrer pelo evangelho de Jesus Cristo.

Precisamos em nossas igrejas locais de novo mover de Deus com batismos genuínos e não aqueles “batismos” mecânicos, forjados, inventados, ensinados, etc., que nada faz, nada trás e nada muda. O revestimento de poder do alto, se faz necessário hoje, e quando ele acontecer, sempre haverá mudança, transformação. É hora de começar a ensinar nas igrejas locais que os crentes precisam sentir sede, sede, mais sede de está perto de Deus, de comunhão intima, e o batismo com o Espírito Santo gera essa vontade e trás este poder.

Você que ainda não recebeu o batismo com o Espírito Santo com a evidência inicial das línguas estranhas, comece buscar agora, sem perda de tempo, porque “Ele vos batizará com o Espírito Santo” (At 1.5).

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